FAMILIA E EDUCAÇÃO.
No livro desenvolvimento humano de (Diane E. Papalia, 2006), diz que em 1997, foi realizada uma pesquisa sobre as expectativas dos jovens em relação aos pais e os conselhos que os jovens dariam aos seus pais. Participaram da pesquisa 300 jovens estudantes do Colorado e Colômbia. O primeiro conselho dos jovens aos pais foi: Controlar o tempo que os filhos passam frente da TV e a qualidade aos programas assistidos. Isso pode evitar que os jovens se acostumem com atitudes negativas e violentas como as que vêem. E o décimo primeiro foi, desligar a TV e conversar com eles.
Percebe-se que a televisão cria uma barreira entre filhos e pais e isso acaba com o diálogo, e o tempo que poderiam estar junto, fazendo uma atividade em família.
Uma pesquisa realizada pela American Psychological Association (APA) citada no livro Adolescência e Drogas (Pinsky; Bessa, 2004.) sobre a mídia, em destaque a televisão por ser ela um veiculo de informação que a população infanto- juvenil mais tem acesso. Publicou um relatório em 1985 com os principais estudos e conclusões acerca dos perigos que os filmes violentos oferecem para crianças e adolescentes. As pesquisas apontaram três grandes efeitos desse tipo de filmes:
Eles tornam os espectadores menos sensíveis a dor e ao sofrimento dos outros. Ver programas com violência faz com que as crianças e adolescentes sejam menos solidárias e mais distantes e, ainda, tolerantes a agressão. Na medida em que a agressão é vista como uma solução para conflitos, ela é fortemente reforçada.
Filmes violentos fazem as pessoas sentirem-se mais amedrontados em relação ao mundo ao seu redor. A Apa relata que os programas infantis têm, em média, vinte cenas violentas a cada hora. Assim, a criança que assiste tevê em excesso pode vir a considerar o mundo um lugar demasiadamente perigoso de se viver.
Os programas de tevê violentos incentivam comportamentos agressivos. Crianças e adolescentes que assistem filmes violentos tendem a bater mais em seus companheiros, desobedecer a regras e deixar tarefas inacabadas, assim como estão menos dispostas a esperar do que as crianças que não assistem a tais programas.
Segundo o psicólogo Huesmann (2004), especialista em estudo sobre violência, as pesquisas nessa área têm demonstrado a capacidade inequívoca da tevê em transmitir informações e moldar atitudes sociais.
“Os hábitos agressivos parecem ser aprendidos cedo na vida, são resistentes a mudanças e prendizem um acentuado comportamento anti-social no adulto”. (Bessa;Pinsky. 2004, p 55). O autor ainda afirma “se a observação da violência nos meios de comunicação promover a aprendizagem de hábitos agressivos, isto pode ter conseqüências prejudiciais durante toda a vida de uma criança”. (Bessa;Pinsky .2004, p 55).
A televisão, ao pretender reproduzir o universo real em sua complexidade, constrói um simulacro do mundo em que o individuo acaba se encontrando, assumindo as imagens produzidas como se fossem sua vida real. E estas imagens penetram a realidade, transformando-a, dando-lhe forma. (BELLONI, 2001, p.57).
Percebe-se que a mídia televisiva, assume um papel importante para a criança e o adolescente. Dessa forma cabe também a escola o papel de não somente utilizar os recursos da televisão, mas também discutir o conteúdo veiculado pela mídia televisiva em sala de aula. “Para o bem o para o mal as mídias, estão presentes em nossas vidas de forma cada vez mais precoce e cada vez mais forte”. (SETTON, 2010). Percebe na citação da autora que mídia, desde cedo está presente e tomando uma grande força se tornando cada vez mais presente nos lares.
Um artigo publicado sobre Comunicação e Educação pela Revista Tendência da Pesquisa em Comunicação do Centro para o Estudo da Comunicação e Cultura, da Universidade de Santa Louis, diz que, Sheppard (1996) ” testou crianças de seis a nove anos encontrando diferentes elementos de compreensão em três programas que exibiu: as crianças mais novas demonstraram pouca compreensão dos motivos e caráter das personagens, e relataram um fraco entendimento da ação, apesar de terem sempre uma interpretação própria sobre aquilo a que assistiram. Mesmo as de nove anos, nem sempre interpretavam corretamente a "dimensão moral específica" (isto é, quem age incorretamente e é punido, e por que) nas duas peças exibidas que não eram desenho animado. Wilsong exibiu uma peça na qual era mostrado um sonho, e examinou se as crianças de seis a 12 anos eram capazes de entender que o que viam era a representação de um sonho. Se mostrado o contexto de uma criança na cama (o sonhador), com a imagem do sonho entrando por fusão ou através do uso de outros efeitos especiais, todas elas conseguiam entender que era sonho. Também ficou claro que a exibição daquele contexto reduzia qualquer percepção negativa do seu conteúdo.” (SHEPPARD, 1996 p. 46,47).
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