RESUMO.
Quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao
aprender, por isso quem ensina, ensina alguma coisa a alguém. O educador se
sujeita a transferir conhecimento ao educando pelo processo de aprender. Assim
percebe-se que o educador tem um grande papel na escola. A pesquisa é muito
utilizada no ensino para que possa conhecer o que ainda não conhece, em relação
aos conteúdos pesquisados, o educador precisa trabalhar maneiras, caminhos,
métodos de ensinar. Dessa forma devemos respeitar as experiências sociais que
cada indivíduo traz consigo principalmente os educandos de classes populares.
Assim aproveitando as experiências dos alunos que vivem em área cuidados pelo
poder público, para podermos discutir com os alunos a realidade em que vivemos.
Na verdade não haveria criatividade sem curiosidade que nos coloca diante do
mundo, que não fizemos, mas apenas acrescentamos algo que fazemos. Por isso
mulheres e homens, seres históricos sociais são capazes de comparar, valores,
intervir de escola de decidir, de romper, por tudo isso nos torna seres éticos.
Devemos correr riscos para podermos aceitar a mudar e não usar de rejeição ou
discriminação. A pratica preconceituosa de raça, de classe, de gênero ofende o
ser humano. A identidade cultural faz parte da dimensão individual, a classe
dos educando, suas experiências, histórica, política, cultural e social. A
tarefa do educador é ensinar e não transferir conhecimento, mas sim
possibilidades, para que o educando faça sua própria produção. Nosso papel no
mundo não pode ser de quem constata o que ocorre e sim de nos tornamos capazes
de intervir na realidade para podermos mudar o mundo. Qualquer discriminação é
imoral e lutar contar ela é nosso dever. O respeito, a autonomia e a dignidade
de cada é um imperativo e não um favor
que podemos ou não conceder uns aos outros.os professores lutam em defesa de
seus direitos e de sua dignidade, para que possam ter salários menos imorais
mas isso pode influenciar no convivência com os alunos. Por que o educador tem
de mostrar amorosidade aos educandos no seu processo de formação. Uma das
qualidades essenciais que o educador deve revelar em suas relações com os
alunos é a segurança em si mesmo. A solidariedade é fundamental entre o
educador e o educando no seu convívio escolar, para que mais possibilidades de
aprendizagem se abram na escola. O educador que escuta apreende a difícil lição
de transformar o seu discurso em uma conversa necessária ao aluno. A pedagogia da autonomia tem de estar
centrada em experiências estimuladoras de decisão e responsabilidade em
experiência voltada à liberdade.
1 INTRODUÇÃO
A temática central deste livro é a formação de professores,
inserida numa reflexão sobre a prática educativa em favor da autonomia dos
alunos (pois formar é muito mais do que simplesmente educar). Em pedagogia da
autonomia, Paulo Freire já começa alertando que muito do que é abordado neste
livro, seu enfoque principal não foge muito do que poderia ser chamado de
‘’ética do ensino’’, procurando alertar o leitor sobre a diferença entre
treinar, ensinar e educar, temas freqüentes em suas obras.
Em sua maior parte, o autor, discute sobre o quanto ás
atitudes do Educador influenciam a formação psico - social do educando, assunto
tomado desde a formação da consciência dos alunos diante de sua cultura
(assumida principalmente dentro de sua vida cotidiana-dentro de casa e na
escola), até a consideração deste mesmo aluno como um ser histórico – social,
dotado de uma noção mínima de ética.
O autor não fecha os olhos para as injustiças sociais, pelo
contrario está ao lado e na luta para que se dizimem.
2 DESENVOLVIMENTO
O ato de educar não é somente uma transmissão de
conhecimentos entre educando e educado. Pois o processo educativo compreende a
valorização das experiências que cada educando traz consigo. Buscando uma visão
critica e objetiva da realidade, para que mais tarde possamos agir com
responsabilidade e criticidade.
Entretanto, é
necessário que o educador seja criativo para assim despertar a curiosidade
entre os seus educandos. Pois na verdade não haveria criatividade sem
curiosidade a qual nos coloca diante do mundo onde não construímos apenas
acrescentamos algo que realizamos.
O educador tem grande responsabilidade
ao ensinar e deve ser dotado de éticas sendo ligado ao seu preparo cientifico,
Paulo Freire busca o moralismo
quando se opõe a discutir os preconceitos embutidos conscientes ou
inconscientemente no processo educativo.
Nada mais coerente que jamais
discriminarmos alguém, seja qual for sua raça, credo e classe social.
É necessária que o educador ensinar o
educando a pensar certo, assumindo assim a sua identidade cultural. O professor
tem que estar ciente de que suas atitudes podem influenciar profundamente a
vida de um aluno positivamente ou negativamente.
É preciso ter consciência de que as
pessoas estão condicionadas de acordo com o meio. Porém, isso não significa que
elas sejam determinadas por ele. O respeito pela autonomia do aluno é exigido
pela ética. Cada um possui particularidades e pensamentos que não podem ser
minimizados ou ridicularizados. Se isso acontecer, a ética é transgredida.
A
atividade educacional deve ser desenvolvida de forma tal que o professor possa
ter controle da sala, impondo sua autoridade diante dos alunos, o respeito pela
presença do professor é algo inato a própria imagem do educador. Portanto o
educador, ao desenvolver suas atividades pedagógicas não deve ser autoritário,
mais desencadear um processo de liberdade no eu relacionamento com seus
educandos, lembrando - os que os seus direitos terminam onde começa o do seu
semelhante.
Existem então, após
todos estes apontamentos, algumas relações que nunca podem ser desenlaçadas,
para que a pedagogia da autonomia seja aplicável: ensino dos conteúdos com
formação ética dos educandos, prática com teoria, ignorância com saber ( seja
de educador ou educando), autoridade com liberdade, respeito ao professor com
respeito ao aluno, ensinar com aprender.
Todas
elas devem ser respeitadas e tratadas com responsabilidade.
Aspectos
políticos também sempre devem ser levados em conta. Classes
dominantes enxergam a educação como imobilizadora e ocultadora de verdades.
Entretanto,
a educação é uma forma de se intervir no mundo.
CONCLUSÃO
Esta obra de Paulo Freire é dedicada
a discussões sobre o quanto as atitudes que o professor toma dentro de sala e
fora dela influenciam o que ele passa para seus alunos, englobando desde
recomendações sobre a tomada de consciência de que, os alunos têm cultura e uma
curiosidade que precedem a imposição da escola, a discussão sobre a mudança de”
curiosidade “ingênua para” curiosidade epistemológica “(que não diferem em sua
essência, mas em sua complexidade, pos enquanto aquela se baseia apenas na
experiência cotidiana, esta é dotada do rigor metódico, do criticismo), até a
consideração dos educandos como seres humanos, portanto, seres histórico-sociais
dotados de uma noção mínima de ética. Paulo Freire apresenta, varias distorção
de visão, diversas vezes apresenta certa utopia, sugerindo que se leve
discussões políticas para sala de aula, esquecendo-se que isto é de certa forma
negativa para a formação do aluno, já que ideologicamente o professor contamina
os alunos quando se dispõe a discutirem certos temas de origens sociológicas. E
ainda tem uma visão excessivamente centrada no ser humano, colocando animais
como seres inferiores.
REFERÊNCIAS
Freire, Paulo. Pedagogia da autonomia: “saberes necessária à
prática educativa”. São Paulo: paz e terra, 1996 (coleção leitura)
Michaelis: Mini dicionário escolar da língua portuguesa. –
São Paulo: companhia de melhoramentos 2000.
Zanluchi, Fernando Barroso. O brincar e o criar: as
relações entre a atividade lúdica,desenvolvimento da criatividade da educação.
Londrina: O Autor, 2005.
Winnicott, D.W. a criança e seu mundo. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1982.
Luria A.R.
Leontiev A. Vygotsky L.s. at al. Psicologia e pedagogia. Lisboa: Estampa
1977.
Baquero, R. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1998.
D Andréa, Flavio F. Desenvolvimento da Personalidade. 12.
ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.
Wadsworth , Barry J. Inteligência e afetividade da criança
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Soifer, R. Psiquiatria infantil operativa. Porto Alegre;
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