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terça-feira, 14 de junho de 2011

A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇAO DA FAMILIA EM ESCOLHER A PROGRAMAÇAO ADEQUADA PARA A CRIANÇA.

             
 FAMILIA E EDUCAÇÃO.
                   

                            No livro desenvolvimento humano de (Diane E. Papalia, 2006), diz que em 1997, foi realizada uma pesquisa sobre as expectativas dos jovens em relação aos pais e os conselhos que os jovens dariam aos seus pais. Participaram da pesquisa 300 jovens estudantes do Colorado e Colômbia. O primeiro conselho dos jovens aos pais foi: Controlar o tempo que os filhos passam frente da TV e a qualidade aos programas assistidos. Isso pode evitar que os jovens se acostumem com atitudes negativas e violentas como as que vêem. E o décimo primeiro foi, desligar a TV e conversar com eles.


                            Percebe-se que a televisão cria uma barreira entre filhos e pais e isso acaba com o diálogo, e o tempo que poderiam estar junto, fazendo uma atividade em família.


                            Uma pesquisa realizada pela American Psychological Association (APA) citada no livro Adolescência e Drogas (Pinsky; Bessa, 2004.) sobre a mídia, em destaque a televisão por ser ela um veiculo de informação que a população infanto- juvenil mais tem acesso. Publicou um relatório em 1985 com os principais estudos e conclusões acerca dos perigos que os filmes violentos oferecem para crianças e adolescentes. As pesquisas apontaram três grandes efeitos desse tipo de filmes:


                            Eles tornam os espectadores menos sensíveis a dor e ao sofrimento dos outros. Ver programas com violência faz com que as crianças e adolescentes sejam menos solidárias e mais distantes e, ainda, tolerantes a agressão. Na medida em que a agressão é vista como uma solução para conflitos, ela é fortemente reforçada.


                            Filmes violentos fazem as pessoas sentirem-se mais amedrontados em relação ao mundo ao seu redor. A Apa relata que os programas infantis têm, em média, vinte cenas violentas a cada hora. Assim, a criança que assiste tevê em excesso pode vir a considerar o mundo um lugar demasiadamente perigoso de se viver.


                            Os programas de tevê violentos incentivam comportamentos agressivos. Crianças e adolescentes que assistem filmes violentos tendem a bater mais em seus companheiros, desobedecer a regras e deixar tarefas inacabadas, assim como estão menos dispostas a esperar do que as crianças que não assistem a tais programas.


                            Segundo o psicólogo Huesmann (2004), especialista em estudo sobre violência, as pesquisas nessa área têm demonstrado a capacidade inequívoca da tevê em transmitir informações e moldar atitudes sociais.
                                
                                      “Os hábitos agressivos parecem ser aprendidos cedo na vida, são resistentes a mudanças e prendizem um acentuado comportamento anti-social no adulto”. (Bessa;Pinsky. 2004, p 55). O autor ainda afirma “se a observação da violência nos meios de comunicação promover a aprendizagem de hábitos agressivos, isto pode ter conseqüências prejudiciais durante toda a vida de uma criança”. (Bessa;Pinsky .2004, p 55).


A televisão, ao pretender reproduzir o universo real em sua complexidade, constrói um simulacro do mundo em que o individuo acaba se encontrando, assumindo as imagens produzidas como se fossem sua vida real. E estas imagens penetram a realidade, transformando-a, dando-lhe forma. (BELLONI, 2001, p.57).  

                           Percebe-se que a mídia televisiva, assume um papel importante para a criança e o adolescente. Dessa forma cabe também a escola o papel de não somente utilizar os recursos da televisão, mas também discutir o conteúdo veiculado pela mídia televisiva em sala de aula. “Para o bem o para o mal as mídias, estão presentes em nossas vidas de forma cada vez mais precoce e cada vez mais forte”. (SETTON, 2010). Percebe na citação da autora que mídia, desde cedo está presente e tomando uma grande força se tornando cada vez mais presente nos lares.         


                            Um artigo publicado sobre Comunicação e Educação pela Revista Tendência da Pesquisa em Comunicação do Centro para o Estudo da Comunicação e Cultura, da Universidade de Santa Louis, diz que, Sheppard (1996) ” testou crianças de seis a nove anos encontrando diferentes elementos de compreensão em três programas que exibiu: as crianças mais novas demonstraram pouca compreensão dos motivos e caráter das personagens, e relataram um fraco entendimento da ação, apesar de terem sempre uma interpretação própria sobre aquilo a que assistiram. Mesmo as de nove anos, nem sempre interpretavam corretamente a "dimensão moral específica" (isto é, quem age incorretamente e é punido, e por que) nas duas peças exibidas que não eram desenho animado. Wilsong exibiu uma peça na qual era mostrado um sonho, e examinou se as crianças de seis a 12 anos eram capazes de entender que o que viam era a representação de um sonho. Se mostrado o contexto de uma criança na cama (o sonhador), com a imagem do sonho entrando por fusão ou através do uso de outros efeitos especiais, todas elas conseguiam entender que era sonho. Também ficou claro que a exibição daquele contexto reduzia qualquer percepção negativa do seu conteúdo.” (SHEPPARD, 1996 p. 46,47).

A CRIANÇA IMITA OS PERSONAGENS DA TV

                               
 A CRIANÇA E A IMITAÇÃO.

Segundo Maccoby e Jacklin (apud PAPALIA, 2000), muitas crianças tendem a imitar o que tem em seu ambiente, eles denominaram tais fatores de “imitação seletiva” onde se percebe a suscetibilidade influência da criança em seguir ordens de determinado meio de comunicação, no caso a televisão. A criança tem uma tendência a incorporar o que assiste na televisão e não consegue diferenciar, o real do imaginário.


A necessidade da criança de imitar, de se identificar e de se tornar igual aos outros é muito forte. E, cada vez mais, ela está exposta á mídia e aos meios de comunicação. O quadro se agrava com a fragilidade do posicionamento dos pais, que não assumem o lugar da autoridade. A criança hoje brinca pouco e isso é grave, pois ela poderia aprender muito com o brincar, que é uma forma de representar papéis da própria sociedade. (LANNA, 2007, p2).


Percebe-se que muitos pais pensando em dar o melhor para seus filhos, alguns com mais recursos enchem os filhos de brinquedos, roupas, e passeios. E colocam uma televisão na sala e outra no quarto da criança, tentando suprir a ausência. Mas se esquecem que as crianças precisam ter infância, que necessitam inventar, correr riscos, brincar e se encantar com a vida. Não entendem que estão criando um mundo artificial para as crianças. E que precisam ter limites e serem acompanhadas junto a programação assistida.

                     



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A IMPORTÂNCIA DOS LIMITES


A IMPORTÂNCIA DOS LIMITES.
                         

                            Barry (1994) ressalta ainda que as crianças, deverão ter muito bem estabelecidas, as horas que poderão ser dedicadas para assistir a televisão. Uma vez estabelecidos esses limites, deve-se sempre levar em consideração o “tempo familiar” dentro do tempo da criança de assistir seus programas, ou seja, a família assistindo junto a um programa. Deverá ser sempre um momento de discutir ou trocar idéias sobre os temas. (esporte, desenhos animados, ou novelas). Desse modo a televisão passa a ser uma experiência, compartilhada por toda a família.


...pode-se permitir que a criança escolha os programas que serão assistidos, a cada semana, essa escolha pode ser uma ocasião em que os pais participaram da tomada de decisões, não para imporem vontades, mas para ajudar a criança a optar por determinados valores. (BARRY, 1994, p.400).





                             Percebe-se que na citação o autor da uma importância na opinião da criança, dizendo que ela pode escolher os programas que serão assistidos no decorrer da semana, e a importância da participação dos pais nas decisões tomadas pelas crianças, e dos conteúdos apropriados para sua idade.


Se as crianças não têm recebido da família a educação que deveriam, isso se deve ao fato de que os pais também têm adotado no convívio com os filhos uma postura de deserção do seu papel. Eles têm preferido ser ‘amigos’ dos filhos a ser pai e mãe. (SAYÃO, 2004 apud GUIMARÃES, 2007, p. 26 e 28)


Percebe-se que a grande maioria dos pais trabalha fora, e se esquecem do seu papel de pai e mãe. Deixando a imposição de limite e educação para a escola, e assim não entrar em conflito direto com o filho.


A influência da televisão na educação exerce um grande impacto nas crianças. A psicóloga, conferencista e organizadora de programas de orientação a família ANNIE REHBEIN DE ACEVEDO, em seu livro disciplina sim, mas com amor diz.


                                      “Quanto menor for a criança, de mais limites ela necessita. A medida que cresce, as restrições diminuem, pois ela inteoriza o aceitável e o inaceitável”. (Acevedo, 2007).  


                             Percebe- se que a criança precisa de limites desde cedo, sendo assim quanto maior ela fica é mais fácil aceitar certos limites impostos pelos pais.


                             No livro de Augusto Cury Pais Brilhantes Professores Fascinantes (2008 p.18). Diz: A mídia descobriu, sem ter conhecimento cientifico que anunciar as misérias humanas fisga a emoção e gera concentração. De fato acidentes, mortes, doenças e seqüestros geram alto volume de tensão, conduzindo a um arquivamento privilegiado dessas imagens. Nossa memória tornou-se, assim uma lata de lixo. Não é a toa que o homem moderno é um ser intranqüilo, que sofre por antecipação e tem medo do amanhã.


                            Prepare seu filho para “ser”, pois o mundo o prepara para “ter”. (Cury 2008 p, 22). O autor refere-se que se os pais não ensinarem seus filhos a ter uma visão critica dos comerciais, dos programas de televisão, da discriminação social iram torna-se pressas fáceis do sistema predatório. O sistema por mais ético que ele pretenda ser, a criança é apenas um consumidor em potencial e não um ser humano.


                            Observa- se que os pais, acabam por abrir mão de seus sonhos e desejos, para realizarem os do filho. Muitas das vezes passam sem perceber, que as dificuldades não devem ser recompensadas com bens materiais. E assim perdem a auto-estima, o equilíbrio o norte que acreditavam existir em suas vidas. Deve se pensar que os desejos das crianças são ilimitados porque não levam em conta os aspectos da realidade.












OS PROGRAMAS DE TELEVISÃO COMO INFLUÊNCIA NA EDUCAÇÃO DA CRIANÇA.

OS PROGRAMAS DE TELEVISÃO COMO INFLUÊNCIA NA EDUCAÇÃO DA CRIANÇA.