OS PROGRAMAS DE TELEVISÃO COMO INFLUÊNCIA NA EDUCAÇÃO DA CRIANÇA.

OS PROGRAMAS DE TELEVISÃO COMO INFLUÊNCIA NA EDUCAÇÃO DA CRIANÇA.


O PAPEL DA TV NA EDUCAÇÃO DA CRIANÇA.

É provável que nos dias atuais as crianças passem a maior parte do tempo frente à televisão do que na escola. Além de babá a televisão atua como professora, e provavelmente como companheira. Uma vez que a tendência das famílias dos dias atuais, onde a maioria dos pais trabalha fora. E deixar cada vez, mais suas crianças acompanhadas da televisão.

A televisão faz parte de um bem indispensável, na grande maioria dos lares. E que poucos são os pais, que tiram algum tempo para acompanhar seus filhos frente á televisão.  E ainda existe a falta de orientação relacionada a limites e regras a serem seguidas.

A televisão é um meio muito eficaz de transmitir uma noticia, a um grande numero de pessoas.  A questão está em definir que tipo de noticia, e para quem. Na prática seria qualquer noticia, para qualquer pessoa que esteja na frente ao aparelho de televisão. Isto se torna preocupante, á medida que se - observa que grande maioria do público que assiste à televisão é formada por crianças, que são mais vulneráveis.  A televisão desempenha um papel importante na socialização do ser humano, influenciando o modo de vestir, falar e pensar além de comportamentos e valores. Atua como referencial para jovens, crianças e adultos quanto à forma de ser e agir.

                        Percebe-se que a televisão predomina na grande maioria dos lares. E que poucos são os pais que reservam algum tempo para acompanhar seus filhos frente á televisão.

Percebe-se , que as crianças aprendem primeiro sobre a sexualidade e violências, primeiro que seus pais ou a escola possam estar falando do assunto. E que isso pode trazer graves conseqüências.  E importante que os pais estejam atentos a uma reeducação familiar, resgatando valores e se preparar com estratégias para educar seus filhos, preparando os desde cedo para o mundo.

Segundo Barry afirma que “não existe hoje nenhuma outra força que influencie tão poderosamente o comportamento quanto à televisão”. Percebe que o autor afirma que a maior parte do aprendizado da criança sobre os valores e sobre o mundo, é a televisão. Uma vez que a tendência das famílias modernas é passar mais tempo fora de casa trabalhando.

                                      “Tudo, desde os noticiários até a programação infantil, reflete os valores de quem quer que esteja no comando dessas corporações” (LINN, 2006, p. 222)

Segundo Linn (2006), as corporações que controlam a maioria dos programas televisivos visam passar determinados valores, que são absorvidos pelo público alvo. As crianças absorvem valores na família, na escola, com os amigos, na comunidade, nas instituições religiosas e também da mídia em geral. A televisão ensina valores às crianças, melhor do que qualquer instituição social.

LINN (2006) afirma que: “Os fabricantes de vídeo games, assim como os produtores de televisão e de cinema, negam que seus produtos ensinem valores ou influenciem comportamentos. Essa postura é vil”. (p.224)

Muitos pais, sem tempo sempre com sua agenda lotada, preocupados com outros valores, não dão a devida importância e cuidados a quem realmente precisa. E acabam por deixar seus filhos, expostos por horas frente às telinhas. Sendo alvos de diversas programações, com conteúdos impróprios. “A vida dos nossos filhos é profundamente moldada por pessoas que não os conhecem...” (LINN, 2006, p. 224).

De acordo com a citação as crianças passam horas frente a televisão, assistindo uma variedade de programas com conteúdos impróprios para sua idade, ou seja moldando sua personalidade, seu caráter por varias pessoas diferentes que ela vê através da televisão.

    

O conteúdo da mídia levanta questões importantes. A violência e a pornografia causam fortes impressões, e há considerável preocupação entre os pais, professores e autoridades públicas quanto à influência que o conteúdo violento possa exercer na mente dos jovens. Muitos discernem uma relação entre o nível crescente de violência e crime na vida cotidiana, particularmente violência praticada por crianças, e as cenas violentas mostradas na televisão e no vídeo, bem como os atos simulados de violência nos jogos de vídeo game e computador. (CARLSSON; FEILITZEN, 2000, p. 11-12).

                            Nillson (2000) completa:

 O truque mais barato de entretenimento é brincar com o medo. Esta é provavelmente uma das razões pela quais a violência é o instrumento de entretenimento usado com maior freqüência. Basta confirmar nos desenhos que passam pela manhã ou nas histórias da programação noturna de televisão em qualquer parte do mundo. (NILLSON apud CARLSSON; FEILITZEN, 2000, p.19).

                            Percebe-se que os autores, consideram que a exposição das crianças às cenas de violência na televisão, poderá produzir efeitos como a perda da capacidade de se horrorizar com as cenas de violência e se tornarem violentos e agressivos, por conviver com isso no seu cotidiano. Além de imitarem personagens as ações positivas observadas, na mídia, também imitam os comportamentos agressivos e violentos.

(...) Em primeiro lugar crianças novas têm mais dificuldades em distinguir a realidade da fantasia, e freqüentemente imitam super-heróis com poderes mágicos, como POWER RANGERS. Em segundo lugar, crianças novas podem ter dificuldade para relacionar cenas e fazer inferências a partir do enredo. A hora da punição e da recompensa se torna importante neste caso. Em muitos programas, o crime ou comportamento violento pode ficar sem punição até o final. As crianças novas podem ter dificuldades em ligar a punição do fim com ato violento do inicio e podem, portanto, acreditar que a violência ficou sem punição. (WILSON ET all, 1996 apud CARLSSON; FEILITZEN, 2000, p.67)                           

                          Acerca do efeito da dessensibilização e medo: 

A pesquisa demonstrou que o ato prolongado de ver violência na mídia pode levar á dessensibilização emocional em relação á violência do mundo real e ás suas vítimas, o que por sua vez, pode levar a atitudes insensíveis em relação á violência dirigida a outros e a uma probabilidade menor de agir em benefício da vitima quando ocorre violência (...) (DONNERSTEIN; SLABY;ERON,1994 apud CARLSSON;FEILITZEN,2000,p.67

                             O que se percebe é que as crianças apresentam dificuldades em distinguir o que é realidade o que ficção, estas cenas agressivas são vistas nos filmes, desenhos animados e as crianças não distinguem da violência real. Alguns super-heróis violentos são mais prejudiciais, as crianças do que alguns vilões, pois são modelos que elas gostam de copiar.