A sociedade
exige uma educação com mudanças e transformações sociais,na capacidade dessa
sociedade encontra-se uma educação por ser social e histórica construída pelo
homem deseja como essência no seu desenvolvimento uma linguagem múltipla capaz
de dominar toda uma diversidade e compreendendo dessa forma os desafios que
fazem parte do tecido de formação profissional de um professor. No decorrer da
história, o Brasil passou por diversas modernizações. Discutindo uma
delas, a passagem do império à República.
A reforma projetada não modificou a sociedade,
apenas criou um novo estamento que ocupou o lugar do antigo. Atualmente
assistimos à realização de reformas neoliberais empreendidas por sociólogos -
antes críticos dos "donos do poder" - agora amalgamados ao grupo
dirigente em uma nova modernização de cúpula.
Eis a sua fórmula: um máximo de liberdade
econômica, combinando com o respeito formal aos direitos políticos e um
mínimo de direitos sociais. A educação está entre estes.
No Brasil, embora não haja Estado do Bem-Estar
Social, a retórica neoliberal é basicamente a mesma. Atribui à participação do
Estado em políticas sociais a fonte de todos os males da situação econômica e
social, tais como a inflação, a corrupção, o desperdício, a ineficiência dos
serviços, os privilégios dos funcionários. Defende uma reforma administrativa,
fala em reengenharia do Estado para criar um "Estado mínimo",
afirmando que sem essa reforma o país corre o risco de não ingressar na
"nova ordem mundial".A retórica neoliberal atribui um papel estratégico à educação e determina-lhe basicamente três objetivos:
Atrelar a educação escolar à preparação para o trabalho e a pesquisa acadêmica ao imperativo do mercado ou às necessidades da livre iniciativa. Assegura que mundo empresarial tem interesse na educação porque deseja uma força de trabalho qualificada, apta para a competição no mercado nacional e internacional. Fala em nova profissionalização situada no interior de uma formação geral, na qual a aquisição de técnica e linguagens de informática e conhecimento,, de matemática e ciência adquirem relevância. Valoriza as técnicas de organização, o raciocínio de dimensão estratégica e a capacidade de trabalho cooperativo. A integração da universidade à produção industrial baseada na ciência e na técnica, transforma a ciência em capital técnico-científico.
Tornar a escola um meio de transmissão dos seus princípios doutrinários. O que está em questão é a adequação da escola à ideologia dominante. Esta precisa sustentar-se também no plano das visões do mundo, por isso, a hegemonia passa pela construção da realidade simbólica. Em nossa sociedade a função de construir a realidade simbólica é, em grande parte, preenchida pelos meios de comunicação de massa, mas a escola tem um papel importante na difusão da ideologia oficial. O problema para os neoliberais é que nas universidades e nas escolas, durante as últimas décadas, o pensamento dominante, ou especular, conforme Alfredo Bosi, tem convivido com o pensamento crítico nas diversas áreas do conhecimento e nas diversas práticas pedagógicas dialógicas, alternativas. Nesse quadro, fazer da universidade e da escola veículos de transmissão do credo neoliberal pressupõe um reforço do controle para enquadrar a escola a fim de que cumpra mais eficazmente, sua função de reprodutora da ideologia dominante.
Fazer da escola um mercado para os produtos da indústria cultural e da informática, o que, aliás, é coerente com a idéia de fazer a escola funcionar de forma semelhante ao mercado, mas é contraditório porque, enquanto, no discurso, os neoliberais condenam a participação direta do Estado no financiamento da educação, na prática, não hesitam em aproveitar os subsídios estatais para divulgar seus produtos didáticos e para didáticos no mercado escolar.
Como observamos a novidade, se é que assim se pode chamar, do projeto neoliberal para a educação não é só a privatização.
No fundo dessas três críticas, percebe-se que o que incomoda os neoliberais é a liberdade acadêmica, o (distanciamento da universidade pública em relação aos mecanismos de mercado, a ausência de submissão aos critérios da produção industrial da cultura).
Portanto acreditamos que somente um profissional critico é capaz de desenvolver a práxis necessária na educação e na sociedade.
"Não basta ensinar ao homem uma especialidade. Porque ele se tornará assim uma máquina utilizável, mas não uma personalidade. Os excessos do sistema de competição e especialização prematura, sob o falacioso pretexto de eficácia, assassinam o espírito, impossibilitam qualquer vida cultural e chegam a suprimir os progressos nas ciências do futuro. É preciso, enfim, tendo em vista a realização de uma educação perfeita, desenvolver o espírito crítico na inteligência do jovem." (...) "A compreensão de outrem somente progredirá com a partilha de alegrias e sofrimentos. A atividade moral implica a educação destas impulsões profundas".
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Do
Livro: "Infância, Educação e Neoliberalismo" . Celestino A. da
Silva
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